A Guerra dos Trinta Anos
Fazer trinta anos não é fácil. A maioria das pessoas vai dizer que sou um animal, que eu deveria estar reclamando caso estivesse completando 40 ou 50 ou 60. Concordo, deve ser uma bosta ser mais velho ainda. Mas trinta já é complicado. Não que eu tenha chegado à conclusão de que não vá conseguir ler todos os livros e ver os filmes que quero. Isso ainda dá. Mas a margem de manobra já diminuiu. Várias possíveis ocupações e profissões que poderiam ser interessantes já ficaram para trás, como jogador de futebol, roqueiro, aviador. Dá para ser o astro do time de futebol do hospital, ou ser o guitar hero da galera, ou fazer um curso de pilotagem de teco-tecos. O lance é que serei um cidadão comum. Terei dinheiro, mais do que 99,5% da população do meu país, mas terei que trabalhar para ganhá-lo, engolindo sapos e me expondo a muitas horas de chatice e a muitas complicações legais, burocracia e tristeza com o que não deu certo, mesmo não tendo feito nada de errado. Bem, talvez eu estivesse reclamando do mesmo jeito se pilotasse triple-sevens ou gravasse pela Atlantic.
A Guerra dos Trinta Anos foi um conflito na Alemanha, na época em que a Alemanha nem existia. Tinha religião no meio. E não tem nada a ver com este tópico. Se quiser ler algo sobre a verdadeira Guera dos Trinta Anos, sugiro este link da Wikipedia.
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